Entrevista com autor Bubok: Gonçalo Campos

Hoje conversamos com o Autor Bubok Gonçalo Campos, que publicou sua primeira obra com a Bubok Portugal no mês passado. Sentimentos é uma colectânea de 42 contos escritos ao longo de 15 anos.

Quem é Gonçalo Campos?

Actualmente estou aposentado da função pública. Durante trinta e sete anos fui professor leccionando na área tecnológica, trabalhei em várias escolas do ensino oficial. Também casado há trinta e sete anos, tenho um filho, arquitecto, que adoro e me faz sentir realizado como pai. Tanto ele como a mãe constituem o pequeno núcleo familiar que me dá a força para prosseguir.

Sempre morei em Lisboa e arredores, aqui me dei sempre muito bem, ganhei raízes, a capital faz parte integrante da minha história, daí a minha paixão por esta bela capital.

Qual tem sido o seu percurso como escritor?

Talvez que uma das impulsoras da minha escrita tenha sido esta frase de António Lobo Antunes: “Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros.”

Desde muito novo que devoro livros, ler sempre foi uma das minhas maiores paixões.

Apesar da minha profissão implicar muita escrita, por razões burocráticas e outras, a escrita por lazer só foi por mim iniciada, de forma mais objectiva, logo após a minha aposentação. Iniciei-me na poesia, sem nenhum estilo em particular. Escrevi muitos poemas em estilo livre, que penso um dia compilar e publicar. No entanto, confesso que gosto muito da crónica e da narrativa e essa é a base dos meus trabalhos.

Ainda não publiquei nada de significativo, o livro “Sentimentos” é o primeiro que vê a luz do dia.

Fale-nos um pouco do seu livro e o que o levou a escrevê-lo.

Os quarenta e dois contos que compõem o livro “Sentimentos”, tal como é referido na sinopse, resultaram da compilação de muitos dos contos que escrevi  desde 2011 até à actualidade e representam uma viagem pelo âmago do ser humano, reflectindo impulsos e sentires inerentes à humanidade, tal como a conhecemos. Os sentimentos retratados oscilam em extremos, desde o carinho mais afirmado até ao cinismo e hipocrisia, que infelizmente e cada vez mais, vemos despontar em cada canto.

Fui muito incentivado pelos familiares mais próximos a publicar, pois reconheceram qualidade naquilo que escrevera e seria errado deixar que esses textos permanecessem no anonimato.

As histórias são completamente ficcionais ou estão inspiradas em experiências pessoais?

Como referi, gosto muito da narrativa e o meu espírito de observação, sempre interventivo, levou-me a passar para o papel histórias, todas idealizadas, mas que de algum modo reflectem sempre um relativo conhecimento sobre a realidade das relações humanas, daí poder inferir-se que contêm um pouco de ambas as vertentes.

O tom, ora romântico ora assertivo, que atravessa a generalidade dos meus contos, resulta exclusivamente da minha personalidade e evidencia a forma como vejo o mundo, com as suas grandezas e aspectos menos dignos.

Talvez que uma das impulsoras da minha escrita tenha sido esta frase de António Lobo Antunes: “Aprende-se a escrever, lendo. E também é necessária uma grande humildade face ao material da escrita. É a mão que escreve. A nossa mão é mais inteligente que nós. Não é o autor que tem de ser inteligente, é a obra. O autor não escreve tão bem quanto os livros.”

Porque decidiu publicar a obra com um pseudónimo?

A razão é simples. O meu nome, que inicialmente pensei utilizar, é bastante comum e pouco sonante, conforme opinião de alguns parentes mais próximos e com a qual concordei. O pseudónimo Gonçalo Campos, surgiu espontaneamente, não foi sugestão de ninguém e acabei por escolhê-lo sem hesitações. Gonçalo porque é um nome que sempre apreciei e Campos por ser o apelido de um dos heterónimos de Pessoa, um dos meus mais idolatrados poetas.

Que tipo de leitor desfrutará desta leitura? 

Todas as pessoas que apreciem narrativas e procurem histórias lúdicas, com o seu quê de objectividade e realismo, com ritmo e tendo sempre ilações a tirar. Penso que quem o ler não dará o tempo por perdido.

Além disso, será uma grata surpresa para alguns familiares e amigos, bem como para os meus ex-colegas de escola, constatar que alguém com percurso longe das Humanidades escreveu e publicou um livro de contos.

Que tipo de promoção vem fazendo como autor?

A par da promoção via net estou a proceder à divulgação através de e-mails com o link da obra e alguns contactos pessoais.

Por que decidiu publicar este livro com a Bubok?

Analisei as regras de publicação de várias editoras, sobretudo as mais conhecidas, e acabei por aderir à Bubok, pela simplicidade de procedimentos e também pelo facto da estrutura de apoio disponibilizada, com packs ajustados, se adequar aquilo que pretendia. Além disso tenho a agradecer o apoio sempre oportuno da equipa da Bubok, que contribuiu em muito para a imagem de competência que tenho da Editora.

Você recomendaria a edição independente a outros autores?

Pelas razões anteriormente apontadas e porque penso que editar um livro é e será sempre um forte desafio, considero que quem gosta de desafios não pensará duas vezes. Vai gostar.

Possui alguma página web, Facebook ou Twitter como escritor? Há algum correio electrónico pelo qual leitores poderiam lhe contactar? 

De criação muito recente – como referi, sou novato nestas andanças das publicações – tenho uma página no Facebook e um blog em desenvolvimento ambos com a mesma designação: Gonçalo Campos. O meu correio electrónico de contacto é [email protected].

Na Bubok Portugal publicar seu livro é grátis. Registe-se na plataforma e converta-se em um Autor Bubok!

Quer que seu livro tenha uma aparência profissional? Consulte os serviços editoriais e packs de publicação que a Bubok Portugal coloca à sua disposição.

 SENTIMENTOS

Autor: Gonçalo Campos
Nº de páginas: 151
Tamanho: 150×210

O título “SENTIMENTOS” deve-se aos diferentes sentires que atravessam os contos aqui inclusos, indo do amor mais exacerbado ao egoísmo mais atroz, no final de contas retratando o ser humano nas suas grandezas e torpes momentos. Assim, ao longo de quarenta e dois contos, o íntimo de cada personagem é escalpelizado e exposto para que o leitor faça a sua própria avaliação.

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