02 / Outubro / 2013 
Qualquer narrativa que queira cativar e prender a atenção do leitor tem de ter bons diálogos. E nesses diálogos, as falas dos personagens têm de ser capazes de transmitir não só as suas personalidades e pensamentos, como reforçar a importância do momento da narrativa.
Para funcionar, o mais importante é que os diálogos sejam naturais e que recriem conversas lógicas, que qualquer pessoa teria se estivesse no lugar dos personagens da história. Um bom truque para o autor perceber se os seus diálogos funcionam, é lê-los em voz alta. Se, ouvindo-os, fizerem sentido, então pode continuar com a narrativa.
Os diálogos servem para transmitir informação e podem ser muito úteis para descrever uma cena que seria impossível recriar como, por exemplo, uma batalha entre dois exércitos. Da mesma forma, o autor pode utilizar os diálogos entre as personagens para relatar ou recuperar acontecimentos passados e que estejam relacionados com a história. Mas é também fundamental que um diálogo se integre na narrativa, evitando incoerências e ambiguidades que distraiam a atenção do leitor.
Outro aspecto importante é a cadência do diálogo. Para que este possa fluir correctamente, o autor não pode abusar dos comentários feitos pelo narrador. Se utilizados em abuso, os comentários podem funcionar como interrupções desnecessárias à acção que o autor está a tentar recriar.
Se não se sente especialmente à vontade a escrever diálogos, comece a trabalhá-los pouco a pouco. O ponto de partida é conciliar um máximo de três intervenientes e coordenar as suas falas de forma a que todos eles participem na conversa de forma fluída e natural.
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