Esta obra versa, através do meio de comunicação simbolicamente generalizado "amor", demonstrar a complexidade e pertinencia da Teoria dos Sistemas e Teoria da Comunicação de Niklas Luhmann ao mesmo tempo que identifica alguns limites desse tecnicismo e funcionalismo profundo que caracterizam as teses do autor. Com esse propósito esta obra lança a hipotese de pelo menos esse meio de comunicação simbólicamente generalizado não conseguir que aos sujeitos apenas lhes esteja reservada a sua circulação, de acordo com as suas realidades antropomórficas, já que para o autor a comunicação é uma operação exclusivamente social, dos sistemas sociais, e não do indivÃduo e do seu sistema psiquico. Por isso, estes sistema não comunicam propriamente, antes são reduzidos à produção de elementos (informações) que os sistemas sociais vão operando pela comunicação e à sua circulação.
Não obstante a tese da comunicação marcada por um funcionalismo extremo que é traduzido num cariz binário da comunicação - concordar e discordar - poderá se necessario incluir um terceiro momento, um ponto critÃco, que escapa aos sistemas sociais e que o autor ignora por considerar apenas ruido. Em particular nos sistemas das relações intimas, esse ponto como as emoções e aspirações podem ser transmitidas e percebidas pelos individuos sem que sejam reduzidas a esse cariz binário e em que o individuo se transforma, ele próprio num operador da comunicação.