Pedro Gama Gama

São nove histórias. Nove histórias, bem diferentes. Histórias que contam nove vidas. Vidas da natureza, vidas do homem, vidas espirituais, vidas de Deus (esse Deus em que tanto creio e que tão pouco consigo transmitir), vidas perdidas e vidas encontradas.

Vidas que se encontram em alguém próximo; vidas que se encontram e que fazem sentido na morte, vidas que se perdem com a constatação da realidade, qual velhota, debaixo do seu pequeno guarda-chuva; vidas que a natureza perde, ainda que metaforicamente elaboradas; vidas enleadas em tantos devaneios de loucura momentânea; vidas que nos trazem dor, sem que dêmos por ela chegar, sentados numa cadeira, num dia qualquer, ou em frente a um espelho, reencontrando o nosso próprio ser, bem como a razão da nossa existência.

São nove histórias que representam, por si só, nove meses, necessários à formação de uma vida. Nove histórias que são nove lágrimas. Nove histórias que são nove esperanças. Nove histórias que são nove feridas. Nove histórias que são nove orações, a Deus.