Calendario 26 / Fevereiro / 2013 Cantidad de comentario Sem comentários

Quando começamos a escrever um livro muitas vezes temos uma ideia de como a história vai acabar. Em todo o caso, o caminho que nos leva do início até ao final de uma história é longo e vai quase de certeza alterar muitas das nossas ideias. A seguir damos-lhe algumas sugestões para escrever um bom final para o seu próximo livro.

Como unir o princípio e o fim da sua história

Na maioria dos casos os finais mais fortes são os que, de alguma forma, estão bem ligados ao início da narrativa. O início e o fim de uma história são como imagens refletidas num espelho: o início da narrativa coloca-nos uma pergunta e o final dessa narrativa deve trazer-nos a resposta. Esta é a chave para o triunfo de uma narrativa e os autores que falham em responder às perguntas que o seu texto coloca, vão provavelmente falhar com o seu livro. É evidente que há histórias com fins ambíguos e que não responderam a todas as perguntas que o texto colocou, mas, como leitores, todos sabemos que determinadas perguntas não podem ficar sem resposta.

Então, quando começamos a escrever a nossa história, devemos formular algumas perguntas que nos vão ajudar no desfecho. Mas quais são essas perguntas? A mais importante de todas é a que nos permite cativar o leitor logo nas primeiras linhas do livro. Pode ser respondida quase que imediatamente, mas deve ser capaz de atrair o leitor e fazê-lo continuar a ler a cada virar de página.

A pergunta à qual temos sempre de responder no fim do livro, deve ser a que esteve presente em todas as fases da história. Damos-lhe alguns exemplos:

– Vão apaixonar-se?

– Será feita justiça?

– As dificuldades serão ultrapassadas?

Para além da pergunta principal, podem haver perguntas mais específicas que podemos formular para cada personagem mas, mais uma vez, devem ser colocadas no início da história e respondidas mais tarde.

Um truque que pode parecer evidente mas faz toda a diferença: sempre que colocamos uma pergunta no texto, devemos apontá-las à parte para assegurarmos que são respondidas mais cedo ou mais tarde. E, ainda que algumas delas possam não ter resposta, se queremos construir uma história sólida temos de saber responder às perguntas mais determinantes da nossa narrativa. Um aspeto crucial é encontrar o melhor momento para cada resposta, responder demasiado cedo ou arrastá-la demasiado pode tornar-se aborrecido. Dominar estes tempos é um dos talentos mais importantes de um bom escritor.

É preciso dedicar algum tempo na elaboração das perguntas e das respostas, mas o importante é não nos esquecermos de dedicarmos tempo a nós próprios. Quanto melhor planearmos a nossa narrativa, mais forte será o nosso argumento e as personagens que o habitam.

O que acham destes conselhos? Têm outras sugestões? Quais são as perguntas mais importantes para vocês? (queremos saber a vossa opinião)

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