Estudo Macroeconómico – Desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na Região do Norte


O ESTUDO MACROECONMICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM CLUSTER DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS NA REGIÃO DO NORTE foi promovido pela Fundação de Serralves, em parceria com a Junta Metropolitana do Porto, a Casa da Música e a Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense e teve como missão concretizar uma visão para o sector das Indústrias Criativas para a Região Norte de Portugal. Este conjunto de entidades assumiu o repto lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que partiu de um conjunto de três constatações sobre a situação socioeconómica regional: Necessidade de encontrar novos sectores de actividade, mais inovadores e com maior capacidade de servir de interface entre o meio académico e científico e o meio empresarial; Existência de uma rede de universidades e estabelecimentos de ensino politécnico que criam uma população com apetência para serem dinamizadores de indústrias da criatividade e que muitas vezes se perdem, por falta de enquadramento estratégico e também pela inexistência de ofertas de espaços de instalação; Existência de um propósito de requalificação, de revitalização e até de regeneração urbana nas cidades da Região Norte, designadamente no Porto.Respondendo a este desafio, e compreendendo a diversidade temática em causa, o estudo procurou definir conceitos, interpretar o quadro económico do sector, a sua distribuição geográfica e estrutura subsectorial, perceber o contexto global e as especificidades locais, concretizar uma visão e um plano de acção para o sector na Região e propor um modelo de implementação e uma selecção de projectos para financiamento público. Mais do que produzir um estudo macroeconómico sobre um determinado sector, a equipa de projecto interpretou este desafio como uma oportunidade única para propor Região um novo paradigma de desenvolvimento, que aproxima a cultura economia, reconhecendo que a criatividade, o conhecimento, a inovação e o acesso á informação são os motores do desenvolvimento no mundo global. A Região Norte de Portugal terá o futuro assegurado se souber apurar as suas capacidades e ganhar massa crítica, oferecendo produtos distintivos e serviços criativos, reposicionando-se na cadeia de produção mundial, atraindo e retendo talento e capital para um desenvolvimento económico sustentável. O presente estudo demonstra que o Norte de Portugal reúne condições para se assumir como a principal região criativa de Portugal, internacionalmente competitiva e globalmente conectada. Para tal, deverá ter consciência dos principais constrangimentos que poderão afectar esse caminho: o ainda reduzido nível de actividade económica das Indústrias Criativas, o incipiente desenvolvimento das suas redes de parcerias, a fragilidade dos canais de distribuição e a ausência de sistemas especializados de suporte. Por estas razões, e face reduzida dimensão da sua actual massa crítica, o sector assiste a uma perda de recursos humanos qualificados e talentosos, que procuram noutras regiões ou fora do país as oportunidades que o Norte ainda não oferece. São, no entanto visíveis os processos de clusterização, de aumento de massa crítica, de reforço do sistema de suporte ao empreendedorismo e de diluição de fronteiras entre a Ecologia e a Economia Criativas, sendo notório o seu potencial de crescimento.Desenvolvimento de um cluster de Indústrias Criativas na Região do NortePágina 4Há claros sinais de uma orientação do sector para actividades produtoras de conteúdos para plataformas digitais, com elevados níveis de valor acrescentado e competitivas internacionalmente. Existe uma grande pré-disposição para actividades de convergência, sendo esta uma das maiores oportunidades a aproveitar, nomeadamente as que souberem relacionar o carácter distintivo e único do património cultural da região e a sua oferta contemporânea. A infra-estrutura criativa da Região é diversificada, qualificada, bem equipada, com um nível crescente de eventos culturais, e com muito talento criativo espera de ser aproveitado, faltando-lhe uma orientação para o mercado e consequente valorização económica. A região precisa, portanto, de apostar na notoriedade dos seus talentos criativos e tem condições para se posicionar como uma região criativa de excelência escala nacional e europeia encontrando os seus nichos de especialização e reforçando a sua imagem. A proposta que o estudo desenvolve no sentido de maximizar o potencial criativo da região está estruturada em três eixos estratégicos: Capacidade e Empreendedorismo Criativos Implica uma nova abordagem promoção da criatividade nas agendas educativas e a criação de um ambiente favorável promoção de uma cultura de empreendedorismo. Crescimento dos Negócios Criativos Visa explorar o potencial de crescimento dos negócios criativos. Inclui fundos de investimento especializados, políticas de propriedade intelectual, iniciativas de clusterização e de marketing. Também propõe acções que favorecem a convergência e a permuta entre subsectores criativos. Atractividade dos Lugares Criativos Visa criar as condições infra-estruturais para o crescimento do sector através do posicionamento da cultura e da criatividade como ferramentas essenciais para o desenvolvimento económico dos territórios. Inclui abordagens ao planeamento cultural, com particular enfoque criação de redes de programação e equipamentos culturais, onde sejam oferecidos aos criativos a confiança, o estímulo e a conectividade necessários ao seu crescimento e geração de valor para a economia regional. A implementação desta agenda, complexa e transversal, implica uma forte e inspiradora liderança, que agregue entidades públicas e privadas, universidades e autarquias, empresas e indivíduos criativos, sistema financeiro e tecnológico. É proposta a criação de uma Agência público-privada que se assuma como um ponto de referência das indústrias culturais e criativas da Região Norte, trabalhando com uma alargado leque de parceiros, no sentido de oferecer serviços que suportem os seus principais beneficiários (empreendedores dos sectores criativos) e que contribuam para a construção de uma vibrante economia criativa regional. É hoje que deve começar, no âmbito de uma alargada colaboração e participação, a construção deste futuro.
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  • Co-Autor: Comedia: Charles Landry e Phil Wood, Gestluz: Ricardo Luz, Nunes Carneiro, Rita Serra e Tito Pereira, Opium Lda: Carlos Martins, Joana Meneses Fernandes, Joana Lima, Ana Oliveira e Liliana Pinto, Horwath Parsus: Jorge Morgado e Marta Baptista, Tom Fleming Creative Consultancy: Tom Fleming e Andrew Erskine
  • Autor: Fundação de Serralves, em parceria com a Junta Metropolitana do Porto, a Casa da Música e a Socie
  • Estado: Venda em Bubok
  • Nº de páginas: 267
  • Downloads: 638
  • Última atualização: 03/08/2023
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