Bem-vind@ a Bubok Contos!

Os contos são a forma na que logramos capturar a nossa vida com forma de fragmentos com um objetivo: comparti-la. Trata-se de pequenas histórias através das que transmitimos o nosso conhecimento ou as nossas experiências e, ao mesmo tempo, adquirimos os dos outros. Estas são as nossas histórias pessoais, essas formas breves das que formamos parte.

Os contos estão presentes desde sempre. Civilizações antigas como os gregos e romanos contavam a sua história através de mitos e epopeias. Através destes relatos aprendemos quem somos, qual é a origem do país no que estamos a viver ou também as origens da nossa família.

Em Tudo Contos queremos ser um lugar para partilhar estas histórias. Queremos formar um conto único composto por todos os fragmentos. Procuramos converter-nos num espaço de inteligência comum onde partilhar histórias e entrelaçar a nossa identidade, para continuar a escrever juntos.

Rui Muge
Rui Muge
5 de Junho de 2021, 13:41
Aventuras
Existem dias nesta vida em que a tristeza invade o meu corpo, apropria-se da minha mente, reduz-me a um nada. Olho ao meu redor, paredes, móveis, livros e o meu velho companheiro de tantos segredos, o teclado. Quantas lágrimas ele já acolheu, quantas dores já passaram pelas suas teclas...Pensamos tantas vezes que a vida é uma cabra, que nos engana, que não nos perdoa um erro... Como estamos errados! Ela não é culpada de nada, ela vive com pessoas, boas e péssimas. Delas nasce o rio em que a vida corre, onde se afogam tantas vezes os bons e nas margens se ouvem os sorrisos dos maus. Realidades que povoam a minha mente, respostas que nascem, vontades que aumentam a um ritmo preocupante, avassalador. Estou farto desta vida que... Ler mais...
Publio Athayde
27 de Março de 2021, 10:33
Fantásticos
AleloSinopse:Perdido no confinamento com as palavras, o revisor enfrenta o Coronavírus em diatribe polifônica. Enfrenta a solidão, o medo, a necessidade de replanejar a vida: todos os roteiros preexistentes foram corrompidos pela virulência e pelas necessidades coletivas de medidas contra ela. A situação é de isolamento e pesa a solidão. As tentativas de estabelecer contato com o antagonista refletem o luto que a situação inspira. A comunicação é a ciência que o protagonista domina e, nas pontes entre a realidade e o subconsciente, ele encontrará uma saída, pelo menos em tese, para lidar com a situação. Os vírus que causam toda a crise são criaturas muito simples, com as quais é impossível... Ler mais...
Antonie dos Santos Amaral
Antonie dos Santos Amaral
15 de Novembro de 2020, 3:54
Ciencia ficción
- Senhora Munã! Careço de algumas coisinhas para retirança! – Murmura o vulto das encruzilhadas. Pega de surpresa, a guerreira que não teme alma viva, sente vacilar os joelhos. A dor da voz, é tal, a da carne dela. Olha a rua desprovida de alma viva. Rumina a tristeza da vida, num sorriso escancarado e frouxo. O vulto que não se enxerga, mas, se ouve, ali, encostadinho nela.- São léguas de rachar solas dos pés, Senhora Munã. Carece, pois, de certas coisinhas miúdas e mais outros cuidados da boca. – Avisa o vulto.Arrepios na nuca, calafrios nos pés, suor gélido e salmoura deslizando nos olhos gateados. O universo escorrendo por entre dedos e memórias. - Venho de tão longe, Senhora Munã. –... Ler mais...
Antonie dos Santos Amaral
Antonie dos Santos Amaral
14 de Novembro de 2020, 21:54
Ciencia ficción
Desliza por entre as paredes, penetrando memórias e desejos esquecidos. Sim! Este vulto não está morto, não é osso enterrado no tempo. O café na mesa, biscoito frito, fresquinho, fresquinho! Receita antiga de Dona Roxinha. Melhor ensinar como se faz, não é meus queridinhos da bubox. Não se acanhem! Podem copiar à vontade, sem preço, sem terén, sem vintém, pataco, prutaco e coisas e tais.- Meu Garnisésinho! É assim! – Inicia Doña Roxinha - Conta na minha memória, e eu, conto para memória de vosmicês! Acanhem, não! Assim que se faz. Pega 1 quilo de goma, precisa de ser, tirada da mandioca de cacau, coloca na gamela, junta ½ litro de leite quente, 1(Uma) xicara de água quente, 1(um)... Ler mais...
Antonie dos Santos Amaral
Antonie dos Santos Amaral
14 de Novembro de 2020, 19:21
Ciencia ficción
Obra de negros, Vermelhos, Amarelos e Brancos, dentro da Aldeia continental da África. Desconhece seus ascendentes, sejam quais cores estes tenham. Filha da encruzilhada, apenas, caminha e rumina sua sina, abrindo páginas de tantas vidas e sofrimentos, como o vento abre, acariciando a pele da terra, a história de cada um.- Mamãe, chegou o Instalador da Internet. - Comenta a filha mais nova, Mbé.- Mande fazer aquilo que combinamos, minha filha. E, você que entende disso, fique com eles. - Avisa sua Munã, mexendo numa panela de mingau de Puba.- Posso pedir para instalar meu computador, no meu quarto? - alardeia sua filha mais velha. - Mamãe, mandou que cuidasse disso, Sikmö. - fala Mbé.- Até parece! Mal saiu dos panos e quer... Ler mais...
Edna do Nascimento Lobão Edna Véia
Edna do Nascimento Lobão Edna Véia
14 de Agosto de 2020, 2:38
Ciencia ficción
A história se passa na constelação das Plêiades, onde em uma Base de última geração, recolhe mulheres de todas as aldeias, planetas ou lugares no espaço para a concepção de novos líderes mundiais. Mulheres que sofrem lavagem cerebral e viram progenitoras involuntárias.
Guerreiras de várias épocas, irão se revoltar com a Base de Woman.
lyffpp
lyffpp
28 de Junho de 2020, 12:11
Fantásticos
Breno Teixeira
24 de Junho de 2020, 0:22
Clásicos
2º lugar na categoria Contos do Concurso Literário da Academia Fluminense de Letras 2019.Quando Florbela retornou ao Alentejo, num típico dia de calor, trazia consigo a amargura e a decepção de não ter vencido na cidade grande. No autocarro, durante a viagem, repassou a sua história em Lisboa. Há cinco anos, chegou na capital carregada de sonhos e com uma força interior capaz do impossível. Não demorou a trabalhar na restauração, primeiro como empregada de mesa, depois como ajudante de cozinha. Foi lá que conheceu o seu futuro marido, o Silveira, também empregado de mesa. No início do namoro, ele era perfeito, nada igual aos campaniços da sua aldeia. Atencioso e carinhoso, não media esforços para... Ler mais...
Carlos Barão de Campos
23 de Março de 2020, 23:15
Románticos
...Amor improvável...Naquele final de tarde de sexta-feira a cidade era cinza, a multidão circulava cegamente, ninguém olhava ou falava para ninguém...envolvidos em pensamentos, alguns convencidos que a eternidade se jogava na cotação das acções na Bolsa, outros agarrados aos telemóveis tinham conversas íntimas, outros ainda roçavam as esquinas para escolher a prostituta mais sedutora...A linha azul do metro estava fechada por motivo de acidente...um homem suicidara-se...ninguém deu muita importância...era um incómodo apenas...Preparava-me para atravessar na passadeira, não sei, não me lembro se estava a pensar no sorriso da minha Mãe, tinha tantas saudades dela.......de repente, senti um impacto violento... Ler mais...
Jacinto L Simões
Jacinto L Simões
21 de Dezembro de 2019, 14:19
Fantásticos
Fim de tarde, já o Sol ao longe se enterrava no horizonte, a noite começava seu ciclo no lusco-fusco. Manuel dava a última volta com o arco, pelo carreiro da Leonor, caminho que o levaria ao acesso por detrás da casa. Era aí a garagem do seu brinquedo, sua viatura, e em seguida recolhia-se no canto da lareira, como de costume. Começava a esfriar e o escuro assustava-o. Sua aversão à escuridão e ao piar do mocho.Na cozinha já mamãe tinha acendido o lume e dado início aos preparativos para o jantar, colocando sobre o fogo uma panela de ferro, com água, enquanto ia lá dentro ajeitar os quartos.Manuel sentou-se como de costume no seu canto, encostado à parede que dividia a mesma da sala, e esperava de corpo... Ler mais...