Qualquer escritor, durante o processo criativo, ouviu uma ou varias vozes interiores a dizerem-lhe “não sou capaz de escrever”. Na Bubok achamos que escrever um livro requer distinguir entre autocríticas construtivas e destrutivas e damos-lhe alguns conselhos com o objectivo de evitar que a autocrítica destrutiva na escrita o impeça de progredir.
Evite comparações
Comparar o seu primeiro rascunho com uma obra já finalizada, que passou pelas mãos de editores, correctores e agentes literários é um erro. Todos os escritores passam por fases de dúvida sobre a sua escrita e a única forma de superá-las reside no controle sobre os pensamentos negativos.
Pense que antes de todos os grandes livros, houve também rascunhos não tão bons.
Mantenha-se concentrado
Estar concentrado é extramente importante. As vozes interiores da crítica destrutiva surgem quando se está mais distraído e afecta a confiança nos momentos inesperados.
Descubra os momentos em que estes pensamentos falam mais alto. Detectá-los vai ajudá-lo a sobrepor-se a eles.
Valorize os elogios
Dê a importância devida às opiniões positivas das pessoas que apreciam a sua escrita.
Aponte tudo o que lhe vão dizendo sobre a sua escrita e mantenha-as por perto para não se esquecer do seu potencial e da forma como as pessoas valorizam o que escreve.
Aproveite cada momento
Ser consciente das diferentes fases da criação literária vai ajudá-lo a estar mais atento à influência do seu estado anímico sobre a sua escrita e a relação deste com a escrita propriamente dita. Normalmente as impressões sobre o que escreve tem mais a ver com determinadas fases do que propriamente com o seu projecto global.
Desde o começo sempre optimista até à euforia final, passando pela sempre fase critica associada à monotonia das páginas centrais, todos os momentos de escrita de uma obra estão associados a uma dinâmica e uma das estratégias para calar o seu lado mais pessimista é pensar que qualquer página é editável e manter o momentum.
Quando chegar à fase de revisão o normal é que os pensamentos regressem. A única maneira de enfrentar esta temível situação é antecipar o processo interno de negação e reconhecê-lo como algo inerente à criação literária.
Faça uma pausa
Descanse um pouco do seu livro e de escrever. Estabeleça uma data de regresso ao trabalho que não seja muito longínqua, como por exemplo uma semana. Esta pausa vai-lhe dar uma perspectiva arejada do seu livro, sem perder o hábito de escrever regularmente, além de ganhar uma visão mais vantajosa sobre a sua escrita. Reler o livro depois deste descanso vai-lhe permitir avaliar os problemas com mais objectividade.
Finalmente vai acabar por perceber que estas vozes interiores de negação relacionadas com a escrita surgem de várias direcções e que ao detectá-las pode calá-las.
Tem expectativas muito altas sobre o seu rascunho?
Não presta muita atenção às suas próprias ideias?
Da mais valor aos comentários negativos do que aos positivos?
Está numa fase específica do seu livro?
A história que está a escrever é-lhe próxima?
Responder a estas questões vai ajudá-lo a perceber o que está por trás dos pensamentos derrotistas, o que o levará a poder pará-los.
Conhece mais alguma técnica para superar a autocrítica destrutiva? Conte-nos a sua experiência.
Se já conseguiu calar as suas vozes mais pessimistas e o seu livro está pronto, publique connosco.